quinta-feira, 21 de outubro de 2010

2/3/10

os meus amig@s estão caminhando pela Terra. Alguns flutuam em nuvens, mas não vão muito longe, pois tem raízes; outros, um cordão umbilical. Alguns mergulham fundo e conseguem prender o ar por muito tempo! Mas também voltam a superfície. Todos voltam, todos estão presos. Todos tem medo. Todos são humanos (Tá, nem todos!).Todos andam na casca, na cápsula protetora. Todos os meus amigos fazem de mim o que eu fui e o que eu sou. Todos meus amigos somem, mas voltam nos meus sonhos pra me dizer que eles são peixes que pulam das mãos e deixam suas lisuras, em todos os sentidos da palavra!E as vezes acordo assustada com eles e digo "volta"! Mas eles estão flutuando, caminhando ou mergulhando. E é preciso fazer silêncio, o mesmo do vento, que tudo vê, assovia fazendo redemoinhos e deixando marcas na areia! O importante é saber que eles existiram,existem, existirão! E isso vai além das palavras, então deixe-se tocar pelos seus e uma mágica vai acontecer.
Tenho uns amigos doidos e outros doídos também.
foge
do meu entendimento
o amor
foge
do meu entendimento
a dor
foge
do meu entendimento
foge tudo
fode tudo
pode tudo

4D


beije os ecos do passado e tape com terra fofa e folhas secas, apertando bem com as duas mãos. Se o sol estiver forte, não se preocupe, seu suor irá escolher a gravidade e escoará pelos seus braços com veias saltadas. Estarás de joelho e alguém te observará a espreita, não entendendo o por quê de uma possível obstinação descontrolada. Daqui pra frente, o tempo é kairos e algum pingo de sanidade me faz pensar num novo Eon, lugar esse oceânico profundo de cores verde-aguas onde tudo será em 4 dimensões. Nem precisamos elaborar uma imagem dessa história, nem compor um melodrama..o melhor é deixar a cordinha da lamparina de cobre queimar até encontrar o combustível e explodir. Dentro da casinha antiga de madeira de lei, tudo pode acontecer. Os acontecimentos transgridem e gênios recebem palmas. Por dentro do logos da sublime indecência humana o subterrâneo tem lugar certo...são paredes pontiagudas sem luz, e o ouro disseminado não tem valor. Parece nojento, e é. Assim como a carne morta é.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Diz o I Ching: a Montanha sobre o Lago


Cheguei na beira do lago! Olhei (pro_fundo), olhei (pros lados), olhei (pra cima). Não enxerguei nada (porque não queria ver). Do outro lado, do lago, havia uma montanha. Experimentei atravessar o lago..estava frio e achei que poderia morrer. Saí e fiquei no trapiche, me esquentando no pôr-do-sol. Achei que a montanha pudesse esperar mais um pouco. Não é esse lago que vai transformá-la em lama. Dá pra ficar mais tempo sim, contemplando a vista (de fora). Tudo está em
seu devido lugar.
Tudo
é apenas a vida acontecendo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Punks not dead

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse

o tempo


Uma das perfumarias da geologia, mais uma ciência encarregada de TER QUE explicar alguma coisa, é o chamado tempo geológico. Esse fascinante tema que ninguém ainda foi capaz de desvendar, mas que vêm do âmago de um mistério profundo e primitivo.
Antigos indonésios, contavam o tempo sob a forma de canções em suas pequenas embarcações: revezavam suas cantorias e sabiam que ao final de tantas batucadas, chegariam à ilha que desejavam.
As mais altas árvores das florestas, cujas raízes mais profundas, estão em harmonia com os ciclos da chuva, do sol, da lua. Cada copa, cada galho, recebe uma gorfada de seiva no tempo certo: tudo certo, em seu delicado e devido lugar.
Quando aprendermos a sermos mais humanos, talvez o tempo nos revele insigths naturais.
Enquanto buscarmos a felicidade em máquinas, não haverá tempo de viver.

O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.